Com o início do ano tivemos a
posse dos prefeitos que dirigirão as cidades brasileiras pelos próximos quatro
anos. E com eles, voltam as expectativas da população sobre os temas
importantes e sempre problemáticos na vida dos brasileiros.
Acompanhando notícias sobre a
posse, observava como o não mudamos o discurso sem mudar as atitudes. Todo mundo
fala de saúde, educação, trabalho e segurança. Todos parecem ter a formula
mágica para resolver tudo nos próximos anos. E sinceramente, no fundo a gente
ate acredita sempre que uma hora isso vai ser possível. Porque, no fundo, todos
ansiamos por mudanças, por ver o fim das filas desumanas para marcar uma
consulta ou colocar uma criança na creche. Sonhamos com uma cidade mais livre,
sem medo de assaltos, do desemprego, etc.
E não podemos perder o medo de
sonhar. Não podemos esquecer que é papel do cidadão começar as mudanças por sua
forma de votar, mas não pode ficar nisso. Se não acompanhar, nada muda. Se
achar que já fez sua parte ao votar e não precisa mais nada, está contribuindo
para que nada mude, pois, a falta de fiscalização gera acomodação, que é a
porta de entrada para uma má administração. Os desgovernos normalmente são herança
de uma política descompromissada.
Nos acostumamos a olhar as coisas
de longe. Criticamos com base nos achismos e pouco nos comprometemos com a vida
política de nossas cidades, estados e país. Portanto, talvez esteja na hora de
sair do “ouvir dizer” e partir para a prática. Não basta gritar nas ruas depois
pelas coisas malfeitas agora. E principalmente, precisamos combater a ideia de
que discutir política é errado e ruim. O que é errado é levar as discussões para
o pessoal, perdendo amigos, ofendendo pessoas e propagando boatos sem sentido,
pois isso sim é nocivo.
Depois de um ano recheado de
problemas, espero que 2017 nos desperte a necessidade de atenção com o bem público,
de acompanhamento dos destinos políticos que afetam toda nossa sociedade. Mais que
fazer barulho, que no ano novo tenhamos mais disposição para mudar.
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